Gratidão
Filhote, pequenininho,
o pobre do passarinho
ainda voava bem mal,
e ficou apavorado
quando caiu do telhado
sobre um fio no quintal.
Piando, insistentemente,
pedia uma ajuda urgente,
sem coragem de voar.
E já estava arrependido;
que ideia de ter saído
sem saber se ia voltar!
Foi quando surgiu o Rodrigo,
bom menino e bom amigo
que, agindo rapidamente,
com uma escada bem comprida
conseguiu salvar a vida
do filhotinho imprudente.
O bichinho, agradecido,
ficou quietinho, encolhido
nas mãos de seu salvador.
Como a dizer-lhe: Obrigado,
garoto bem educado,
garotinho de valor!
Quando aprendeu a voar
fez questão de não deixar
que se passasse um só dia
[sem ver o seu grande amigo,]
[pois, cantando para o Rodrigo] (Nota do Editor: No manuscrito, estas estrofes estão
[era sempre uma alegria.] bem legíveis, mas riscadas, demonstrando as
[sem cantar para o menino] experimentações que o autor estava fazendo)
[sem visitar o menino]
[sem levar o seu trinado]
[sem levar belo canto]
sem levar ao xxxxxxxx (ilegível)
um pouco de seu xxxxxxxx (ilegível)
de sua pura afeição!
(16 de julho de 1984)
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