Caríssimos primos
Othoniel e Maria
Soubemos, ontem, pela Arita, da irreparável perda que sofreram.
Não temos a pretensão de consolá-los.
A dor de perder um filho tem que ser sentida até que Deus derrame sobre os que o choram o conforto que, apenas, Ele, pode dar.
Podemos, porém, avaliar mais de perto o vazio que os entristece, pois, também nós tivemos uma filha levada, e ainda pequenina, para o céu.
Estejam certos de que juntamos às suas, as nossas lágrimas. E que o Edgard está incluído, agora, entre aqueles por quem oramos, diariamente.
Um abraço sincero, da Moema e meu.
(Nota do Editor: Esta é uma carta, datilografada em lauda com o cabeçalho de "O Estado de S.Paulo", onde o autor era repórter e chefe da Sucursal Rio de Janeiro no referido ano. Ela fala por si. Detalhe: estava toda escrita em maiúsculas e assinada "Nato".)
(Rio, 2 de outubro de 1963)
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