Fim de ano
Quieto, mas conformado,
o ano velho, coitado,
vê chegar seu sucessor.
Em seus passos vagarosos,
ouve os festejos ruidosos,
saudando o novo senhor.
Enquanto só, se retira,
relembra a mesma mentira
de quando a festa foi sua...
A esperança que trouxera,
viu transformar-se em quimera,
que se desfez pela rua.
Mas se retira contente,
deu seu tempo a toda gente,
agora vai descansar.
Um repouso merecido,
por ao menos ter vivido
com vontade de acertar!
(Niterói, 31 de dezembro de 1997)
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