Parabéns! 

(À minha sogra, nos seus 88 anos de idade!)

Dona Tancha, neste instante,

de um dia tão importante

para senhora e todos nós,

antes mesmo de a abraçar,

nós desejamos rezar,

todos em uma só voz,

agradecendo ao Senhor

a graça de seu amor

e a bênção de sua vida,

em que a senhora consegue,

e não há genro que o negue,

ser a sogra mais querida

Com um beijo do Renato (1º genro...)

                       (Niterói, 27 de agosto de 1990)

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Parabéns, bisa! 

Parabéns, vovó Constança,

em quem a idade não passa,

é sempre a mesma criança...

exemplo de amor e graça!

Viva a aniversariante!

Viva a melhor das avós,

que tem lugar importante

junto a cada um de nós!

Hoje, nós os bisnetinhos,

ao lhe dar nossos carinhos,

os papeis vamos trocar:

em vez de ser a senhora,

nós vamos pedir, agora,

para Deus a abençoar!

Os versos foram lidos na festa dos 89 anos

                            (Niterói, 27 de agosto de 1991)

Nota do Editor: Estes foram os dois últimos aniversários da sogra do autor, vovó Constança, que viria a falecer em 16 de julho de 1992, pouco antes, portanto, de completar seus 90 anos.

Adoentada, acamada em casa, ela ainda receberia estas duas poesias que se seguem, em sua homenagem:

Esperança

Querida vovó Constança,

nossa fé, nossa esperança,

é vê-la, outra vez, sadia,

e pedimos, diariamente,

ao Senhor onipotente,

que chegue logo esse dia!

Já imaginamos a hora

de poder ver a senhora

a caminhar entre nós,

e de ouvir - com que prazer! -

tudo o que quiser dizer

com o brilho de sua voz!

E reassumindo o lugar

que ninguém pode ocupar,

porque é seu, é especial!

Que Deus, em Sua bondade,

transforme em realidade

o que agora ainda é ideal!

                      Em nome de netos e bisnetos

                                   Rio, 02/01/1992

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Compensação

Sentadinha, paciente,

ou repousando deitada,

Dona Tancha é obediente

e se mostra conformada

com a luta, com a provação

que o Senhor quis lhe mandar,

de ficar fora de ação,

nem se mover, nem falar!

Mas, se não anda nem fala,

Dona Tancha não se abala,

a não ser pela emoção

que deve sentir, por certo,

vendo tanto amor por perto,

tocando seu coração!

                                                    18/01/1992

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