Turista do Norte
Vim ver o Rio,
mas, não sou gringo, menina,
eu sou lá de Teresina,
trago o Nordeste na cara!
Guarde a conversa
pro visitante estrangeiro,
eu sou duro, sem dinheiro,
sou turista pau-de-arara!
Não me ofereça
hotéis de gente bacana,
desses de Copacabana,
de Ipanema ou do Leblon!
Repare bem!
Pra esta pinta nordestina,
serve uma pensão, menina,
só pra dormir, já está bom!
(Nota do Editor: Esta poesia, datilografada, tinha esta anotação à mão, ao final, possivelmente mais uma estrofe, porém, incompleta:
"O rango eu trago
no embornal aqui ao lado,
carne seca, macaxeira" )
(Niterói - 16/1/1986)
700 -
Nenhum comentário:
Postar um comentário