Talvez
Eu não te amo, mas, se estou sozinho,
Não sei por que, vens ao meu pensamento...
Basta que esteja só por um momento,
E tenho idade... já não sou mocinho!
Por que será se eu sempre te amesquinho?
Por que terei que sofrer tal tormento?
Sentindo n'alma como que um lamento,
A exigir o seu doce carinho?
Talvez... também, tudo seja ilusão,
Talvez... quem sabe, seja um grande amor
Que apoderou-se do meu coração...
E sem saber eu pense te odiar...
Talvez... seja sem causa a minha dor,
Talvez eu sofra, apenas, por te amar!
(Rio, 1943)
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