Você suspeita!...
Pelo que você me disse,
pensei que você pensasse,
que, talvez, eu a trocasse,
um dia, por outro amor...
Não creia, é pura tolice!
Como se outra existisse,
a quem eu pudesse amar!...
Eu já nem sei quantas vezes
lhe disse o quanto a queria...
Digo-o sempre, todo dia!
É sem base essa suspeita!...
Gosto de você bastante,
o meu querer, cada instante,
aumenta, fica maior!
Você não sabe que a tenho
no meu coração, gravada,
que sem você, quase nada
em meu viver tem valor?
Fique tranquila, querida,
que a nenhuma outra na vida,
eu quero, como a você!
Não duvide, pois, de mim.
Quero-a como amor profundo,
com um amor maior que o mundo,
com toda a sinceridade!
A não ser à minha mãe,
é a você que desejo,
e a quem eu dou meu beijo,
meu afeto, meu amor!
(Rio, 1944)
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