Pretender
Se você catalogasse
Os mil amores que tem,
A lista, talvez, chegasse
À casa dos mil e cem!
E com orgulho na face,
Como a um disse que convém,
Você, talvez, blasfemasse:
Vê, como eu não há ninguém!
Mas diga, sinceramente,
Tanto amor o faz contente,
Será isso, enfim, amor!
Ou você, no fim das contas,
O que tem por essas tantas,
É só vaidade e impudor?
(Rio, 1958)
810 -
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