Morenas há muitas
No mundo em que eu vivo,
Basta ser ativo
Pra tê-las assim,
Mas eu, coitadinho,
Tão acanhadinho,
Vivo tão sozinho
Não chegam para mim.
Bem que eu já fiz força
Pra perder o medo,
Achar o segredo
De ser gostosão!
Vejo bem os outros,
Pratico em ensaios,
Chego a ter desmaios
De tanta emoção.
Mas, na hora justa,
Meu Deus, como custa,
Eu perco a coragem,
E não vou lá não.
(Rio, 1959)
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