Minha vizinha
Gosto de vê-la, é linda e tão contente...
Tem um andar mui nobre, inconfundível!
Brincando sempre, sempre sorridente...
Mas, sem descer, nunca, de um certo nível!
É pequenina, de porte imponente,
De uma simpatia indescritível!
E tanto que qualquer moça atraente,
Acompanhando-a, fica feia, horrível!
As poucas vezes que falo com ela,
De ver de perto, então, o quanto é bela,
Chego a ficar vermelho qual romã.
E é por esta moça, unicamente,
Que eu não me mudo. Moro e felizmente,
Bem junto dela, no Maracanã!...
(Rio, 1943)
725 -
Nenhum comentário:
Postar um comentário