sexta-feira, 29 de outubro de 2021

O Brasil


Vem ver comigo
Quantas belezas
Nas paisagens
Da minha terra!
Vem ver que calma,
Quanta poesia,
Que maravilhas!
Que grande terra!

Tudo é grandioso,
É bom e belo,
Tudo gigante,
dá gosto de ver!
Em cada canto,
Magicamente,
Tudo nos fala:
- Que terra boa!

As matas dizem
Da sua origem,
Da sua força
Potencial!
Seus grande rios
São o seu sangue
Que corre livre,
Límpido e puro!

Dentro a terra
Seus mil tesouros
São pros seus filhos
Nela fazer
Tudo mais forte,
Tudo melhor,
Mais poderoso! 

Vem ver meu povo
Bom e pacato,
Honesto e honrado,
Trabalhador!
Vem ver a vida
Que ele leva,
Cantando, rindo,
sendo feliz!

Vem ver o amor
Como é singelo,
Na minha terra
No meu país!
Puro e sincero,
Suave e lindo,
Todo verdade,
Bem brasileiro!

Vem ver as aves
E os animais
Que tão diversos
A gente vê;
E em qualquer parte
Do meu Brasil,
Olhe pra tudo,
Que tudo é belo!

Vem ver o Brasil sertão!
Vem ver o Brasil cidade!

Mas não estranhe,
Se atrás de tudo,
Que é tão bonito,
Seus olhos virem
Muitos soldados
Tendo nos braço,
em um escudo,
Dito: Brasil!

Não, não estranhe,
Esses soldados
Não são de fora
São daqui mesmo.
É o povo bom,
Bom e pacato,
Honesto e honrado,
Do meu país.

Este que era
Trabalhador,
Que era calmo,
Que não brigava.
É ele mesmo,
Mas, noutro estado:
O da defesa,
É defensor!

Povos estranhos
Não aceitaram
Este convite
Que a você faço.
Quiseram ser
Eles os donos
Da minha terra,
Do meu país!

E atacaram,
Traiçoeiramente,
A minha terra
Que é tão boa!
Mas o meu povo
Sabe ser forte,
E preparou-se!
E defendeu-se!

E este povo é que fardou-se
E vai partir
Para lutar.
Vão lá pra terra
Dos que vieram
E atacaram
O meu país!

O meu Brasil
Não é, também,
Só de belezas,
Todo poesia.
O meu Brasil
É forte e bravo.
É destemido
E é valente!

Infelizmente,
Nem todo povo
É como o povo
Do meu país.
Nem todos vivem
Pacatamente,
Nem todos pensam
Com sensatez!

Sendo ofendido,
Desacatado,
Tendo sofrido
Graves ofensas,
Armou-se e forte,
Valentemente,
Foi à vanguarda,
Pôs-se a lutar!

E é por isso
Que a minha terra,
Que era tão calma,
Hoje se agita.
Luta consciente,
Com toda força,
Para ter paz
E liberdade!

                                        (Rio, 1944)

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O povo é como os soldados,
Afinal, povo também,
Que obedecem, comandados,
Às ordens, de onde elas vêm!

                                       (Agosto de 1964)

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Família de Guimarães Nato, nome profissional do jornalista e escritor Renato Guimarães (1924 - 2000), inicia agora o blog com as poesias, prosas e demais textos literários e diversos outros que ele deixou. (15/02/2018)

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