CIUMENTO?
Não sei se é certo ser assim ciumento;
mas o que hei de fazer se eu não consigo
dar calma a este coração, amigo
que não se acalma por um só momento?
Como é que hei de deter o pensamento,
dizendo o que nem mesmo a mim eu digo,
se ele segue trilhas que eu não sigo,
se ele é mais ligeiro do que o vento?!
Tenho ciúmes, porque é mesmo imenso
todo o amor que eu sinto por você...
É uma paixão a que eu estou propenso!!
Ciúme nada mais é que desvelo,
e se eu sou ciumento é só porque
quero-a, bastante, tenho, pois, que sê-lo.
(Rio, 1946)
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