sexta-feira, 2 de junho de 2023

Nós vai fazê dia treis

Uma festinha lá em casa

I queremu vê oceis

Lá cum nós mandano brasa!


Num percisa arreceiá

Pur farta du que cumê

Cumilança vai sobrá

I vai sobrá u qui bebê!


Nós tá inté danu um jeito

Pra arranjá um sanfonero...

O forró vai sê bem feito!

Sala, varanda, terrero!...


Num vamu dizê mai nada

Pru cunvite num ispichá

A data já tá marcada

I ninguém pode fartá.


U urtrage: u qui todo mundo usa na roça, uai! I prus que se esquecero, lá vai u rumo da nossa casa:

Noronha Torrezão, 210 - Cubango.

Ônis qui passa lá pertinhu: Cubango - Fonseca, Viçoso Jardim - Cidade.

Prus mai granfinu tem muito artomóvi na praça!

U forró vai começá às 7 da noite!

                                   

(Niterói, 03/07/1965)


Nota do Editor: Nem precisa dizer que o autor usou aqui nesse poema a linguagem do roceiro, né? Mas está explicado, para evitar mal-entendido. Quanto ao endereço, era o da casa da família mesmo, até 1984, bem como os ônibus que passam por lá até hoje, entre outros.


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