quinta-feira, 29 de abril de 2021

 

Veio o vento
e abanando com força
dissolveu o comício das nuvens.
Com a vinda do sol, eu a vi,
sorridente, sair para a praia.
Era minha oportunidade de sempre
e fui no seu rumo.

À distância, fugindo ao perigo de ser visto,
olhos colados na minha deusa,
fui seguindo um a um seus movimentos.
Primeira sensação: a blusa transparente
que tirada, lentamente,
deixou à mostra, tentadores,
os mais lindos seios encobertos.

Vê-los livres também seria sonhar demais!
Como se estivesse só na praia,
natural nos movimentos, meiga, atraente,
soltou a amarra que prendia a saia,
e se mostrou na sua beleza provocadora,
fazendo-me vibrar em meu desejo mais forte.

Cobriu, depois, a ternura de seus olhos
com o xxxx de duas lentes negras                              (Ilegível)
que ficaram vaidosas de se encostar
em um rostinho tão lindo.

Outro privilégio foi de sua esteirinha,
que, posta carinhosamente sobre a areia,
acolheu seu corpo, fazendo-me inveja
de xxxxx tão atrevido.                                                    (Ilegível)
Depois de rápidos gestos ajustando os cabelos,
deixou-se estregar ao calor do sol,
numa carícia que lhe era bem familiar,
a medir pelo bronzeado que já lhe dera.

Sempre à distância,
sonhando ser o sol um dia,
para aquecê-la, queimá-la
com o calor de meu desejo,
desci mais perto,
estrategicamente mais perto,
podendo vê-la gratificantemente.
Passados alguns momentos,
sua tranquilidade foi tolhida
por um vigoroso atleta de praia.

Mal chegou
e a um simples "oi!"
ela se ergueu para sentar-se
e puxou o visitante, delicadamente,
para postar-se a seu lado.

À distância não podia ouvi-los,
mas pelos sorrisos 
pude perceber que se entendiam,
e como! Para tristeza minha.
Dentro em pouco
já não falavam só,
mas, de mãos dadas,
se puseram tão juntos
que chegaram aos beijos!

O companheiro carinhoso
a fizera  xxxxx tudo à volta                                         (Ilegível)
e das palavras e carícias,
o jovem par foi correndo
para um convívio seu.

Era meu único receio,
pensei nele longos dias,
todos os dias em que, apaixonado,
desejei abraçar aquela menina-moça,
tentação de meus dias de velhice
em que a idade, no entanto,
não colhera meu desejo fogoso.

Corri também para o mar,
e muito discretamente
pedi-lhe como amigo, que me ajudasse.       
E apesar do jovem atleta,                                 
quem não poderia suspeitar,                             
por tantos cultivos evidentes,                            
pude através das xxxxxx                                  
no seu vai e vem, nervoso,                               
abraçar aquela moça
tantas vezes quantas quis.
E me sentir,
de certa forma, feliz!

(Nota do Editor: Este texto estava todo manuscrito e tendo muitas palavras ilegíveis. Fiz grande esforço para decifrar muitas delas, de modo a encontrar sentido geral. Mas esse trecho final, de fato, ficou ainda mais inelegível e confuso.)  

(19 de fevereiro de 1980)

522 -

 

Roma locuta...

JP II enfatiza
e, se falou tá falado:
nem mulher sacerdotisa,
nem padre noivo ou casado!

Sobre as famílias "medidas",
o Santo Padre diz mais:
só se evitam novas vidas
pelos meios naturais!

Casamento é permanente;
eutanásia é lamentável!
Para o cristão consciente,
todo aborto é condenável!

(Nota do Editor: JP II é sigla que o autor usou para o Papa João Paulo II)


521 -

 

Maria

Desde pequeno eu ouvia
que maio é o mês de Maria,
mês de lindas ladainhas
à rainha das rainhas!

Não que, apenas neste mês,
Nossa Senhora tem vez
de ganhar nosso louvor,
as provas de nosso amor!

É que sendo mãe também,
Maria se sente bem
quando juntos festejamos
nossas mães, que tanto amamos!

Mas, Maria fica triste
quando vê que ainda existe
quem não sabe dar valor
a quem nos tem tanto amor!


520 -

 

Canto de Natal

Não me serve a tradição
que põe o Papai Noel
como figura central
do Natal!

Quero dizer aos meninos,
desde ainda pequeninos,
que Natal é festa sim,
e maior, muito maior,
porque é o Natal do Senhor!

Quero ensinar às crianças
que a data há de ser guardada,
não com falsos ambientes,
só se falando em presentes,
num mundo de enfeites, luz,
onde se esquece Jesus!

De que servem os ornamentos
que se põem em toda parte?
De que valem cores lindas
[num lindo bom gosto externo]   |  em ambientes de arte,
se a alma não tem a alvura,
a ornamentação mais pura,
mais bela que pode haver?

Por que manter a mentira
desse Noel arbitrário,
que não falta ao milionário,
na encenação do Natal,
mas desconhece o mais pobre,      
[onde muita vez se encontram]     |  que tem, na realidade,
[aqueles que mais merecem?]       |  Natal triste, sempre igual?

[Por que seguir imitando 
essa tradição nefasta?
Vamos pará-la, já basta
de tanta mistificação!]

[Não quero Papai Noel!
Eu gosto mais da verdade!
Prefiro a história singela
contada pelo presépio!
Da bela autenticidade]

Prefiro o Natal cristão,
eu gosto mais da verdade!
Eu quero a autenticidade
da história linda, singela,
contada pelo presépio!


(Nota do Editor: Esta poesia estava datilografada em meia lauda, com a data manuscrita ao final de 7 de dezembro de 1992, tendo a última estrofe também manuscrita. Mas parece ser mais antiga e ter sido atualizada, então, pelo autor, visto ele haver riscado os versos - e a penúltima e antepenúltima estrofes por completo -, os quais coloquei entre chaves -, substituindo-os pelos versos que estão ao lado. Há outra, quase idêntica, que postamos abaixo. E havia outra versão, datilografada, que ele deve ter dado como mensagem de Natal a conhecidos, onde se lia: "Um Santo Natal, com muitas bênçãos, em 1997!")

Canto de Natal


Não me serve a tradição
que põe o Papai Noel
como figura central
do Natal.
Quero dizer aos meninos,
desde ainda pequeninos,
que Natal é festa sim,
e maior, muito maior,
porque é o Natal do Senhor!
Quero ensinar às crianças
que a data há de ser guardada,
não com falsos ambientes,
só se falando em presentes,
num mundo de enfeites, luz,
mas escuro, sem Jesus!

De que servem os ornamentos
que se põem em toda parte?
De que valem cores lindas
em ambientes de arte,
se a alma não tem a alvura,
a ornamentação mais pura,
mais bela que pode haver?
Por que manter a mentira
desse Noel arbitrário
que não falta ao milionário
na encenação do Natal,
mas desconhece o mais pobre,
que tem, na realidade,
Natal triste, sempre igual?!

Prefiro o Natal cristão,
eu gosto mais da verdade!
Eu quero a autenticidade
da história linda e singela
contada pelo presépio!



519 -

Braços abertos

Duas vezes vejo o Senhor
querendo nos abraçar,
em exemplos grandiosos
do Deus de amor que ele é:
recém-nascido, em seu berço
de uma simples manjedoura,
único lugar que lhe deram
para chegar a este mundo.
Era um bebê, bracinhos abertos!
E, depois, depois de tudo
quanto fez e ensinou,
pregado, humilhantemente,
numa cruz, tosco suplício,
entre dois bandidos,
como se fosse um terceiro...
de braços, dolorosamente, abertos
para todo o mundo!

(8 de junho de 1995)

518 -

Ano Bom

O ano novo que vem
seja tão bom pra você,
que lá de sua janela,
aberta de par em par,
você, dentro de um sorriso
que seja visto de longe,
grite afirmando contente:

"Ninguém é mais feliz do que eu!..."

Com tanta convicção,
que seja capaz de contagiar
a quantos o possam ouvir!

E agradeça a Deus por tudo!

(30 de dezembro de 1994)

517 -


 

Quem dizem que sou?,
pergunta Jesus.
Já quase soou
a hora da cruz!

Não que não soubesse
o que iriam dizer,
pois Ele é Deus e conhece
tudo o que foi ou vai ser!

E Pedro responde,
seguro, inspirado:
"És Deus que se escode
no homem encarnado!"

E nós, que dizemos,
no mundo atual?
Com Pedro, nós cremos,
pensamos igual?


516 -


quarta-feira, 28 de abril de 2021

Louvor

Menina, abra a janela,
deixe que entre por ela
o ar puro da manhã!
Venha ver um novo dia,
graça que o Senhor envia,
e louvá-Lo, minha irmã!

(1991)

515 -

 

Vamos louvar o Senhor,
rezando numa canção!
Vamos louvar o Senhor,
cantando numa oração!

Louvar e agradecer
por tudo o que d'Ele vem,
pois, mesmo sem compreender,
é tudo pra nosso bem!

(Janeiro de 1993)

514 -

Nosso voo


Temos hoje uma nave prateada!
Nela iremos seguir nossa jornada
Rompendo o espaço imenso desta vida.
Combustível não falta - nosso amor,
Para irmos em frente, sem temor,
Outro tanto da trilha percorrida!

Não houve nebulosa de incerteza
Que perturbasse a força e a presteza
Desta missão de tantas emoções.
As escotilhas mostram céu aberto!
Temos ciência do caminho certo,
Bem mapeado em nossos corações!

Não houve raios de tensões amargas
Que nos ferissem com suas descargas,
Ou nos dessem do mais leve temor.
Nossa nave é da liga especial
Do amor intenso com o amor total,
Moldada na oficina do Senhor!

Vencemos asteroides de maldades,
Meteoritos de mil dificuldades,
Seguindo o longo rumo da viagem...
E transmitindo, sempre que preciso,
Com o "bip-bip" de nosso sorriso:
"Funciona bem a nossa aparelhagem!"

Nosso plano de voo é bom, seguro!
Com ele ganharemos o futuro,
Que é só para os amores triunfantes!
Logo faremos mais uma parada,
E em nova nave, que será dourada,
Vamos buscar a outra... de diamantes!


Para minha adorada copiloto, com um beijo tamanho do universo
                                                        
                                                          Niterói, 21 de dezembro de 1971



Nota do Editor: Poema que o autor, claramente, fez por ocasião de suas Bodas de Prata de casado com sua esposa, Moema.


513 -

 

Para a flor de minha vida,
cada dia mais querida,
simbolizo nesta flor -
muito pobre, com certeza,
no que ela tem de beleza -
como é belo o meu amor!

(10 de junho de 1994)

512 -

 

- Que santa é essa, menina,
na medalha pequenina
presa nesse seu cordão?

- Não é santa, é mais que isso.
É a virgem que é mãe do Cristo,
que nos deu a salvação!


(9 de junho de 1994)

511 -

 

Quisera ter de José
a sua fé santa e pura,
a sua imensa bravura
de acreditar, na verdade
da inocência de Maria,
que seu corpo desmentia!
E manter-se indiferente,
ao dizer de toda gente,
que o julgava como um fraco!


(1994)

510 -

 

Vivendo seu ministério,
como instrumento de Deus,
o padre é só para os outros!
Celebra, batiza, ensina
do Senhor toda a doutrina...
sendo um esteio para todos!

Prega o amor, forte e leal,
realiza casamentos,
dos quais, os belos momentos
de amor, lhe são negados!

Tem centenas de fieis
enquanto em suas funções,
mas, no seu recolhimento,
fica só de toda gente,
no trabalho diligente,
para se entregar, por inteiro,
à grande fraternidade
de sua família - a Igreja!

(3 e 14 de novembro de 1992)

509 -

 

Ministro da Eucaristia
sou, pela graça de Deus.
Certamente não o seria
somando méritos meus.

Queira Deus, Nosso Senhor,
que eu esteja sempre à altura
de cumprir, com fé e amor,
missão tão grande, tão pura!

Que eu não caia na rotina,
mas, com alma e coração,
espalhe a nossa doutrina
em cada celebração!

(13 de agosto de 1992)

508 -

A M OR

S E RVIÇO

A C OLHIDA

D E DICAÇÃO


Quem acha dedicação,
serviço e franca acolhida,
vê a série resumida
no amor do MECE em ação!

MECE, sigla de Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística


(Nota do Editor: Essa poesia, aberta com o acróstico assim disposto, destacando-se as letras que formam a sigla MECE, estava datilografada em um folha A-4. Sem data.)

507 -

 

Presépio


Nem sempre um grande ambiente
revela poder e glória;
neste está o mais convincente
registrado em toda a história!

(Nota do Editor: Ao pé de uma das cópias manuscritas desta poesia estava a orientação do autor: "Esta trova deve ficar junto ao presépio")

506 -

Esperança


Quero viver tantos anos
quantos Deus quiser, também,
mas, espero que em Seus planos,
eu chegue ao menso aos cem!
                                         

505 -

Conformidade


A religião nos ensina
e é bom ouvir sua voz;
Deus é quem sabe, menina,
o que é melhor para nós!
                                         

504 -

 

Já fui menino bonzinho,
depois me fiz mau rapaz!
Com Jesus no meu caminho,
sou homem feito e de paz!

(1º de abril de 1994)
                                            

503 -

 

Garotinha provocante,
só de vê-la um instante,
meu corpo se incendiou.

Se você ficar por perto
vou virar cinza, estou certo,
porque em chamas eu já estou!

Imagine, garotinha,
se você quiser ser minha,
a minha felicidade!

(17 de março de 1993)
                                            

502 -


Se Deus fosse nos julgar,
medindo nossos pecados,
coitados de nós, coitados!
Quem iria se salvar?

(17 de março de 1993)
                                            

501 -

 

Aceitação cristã

Maior que minha vontade
é a vontade do Senhor,
que eu aceito com humildade,
como mensagem de amor!

(7 de abril de 1995)
                                            


500 -



Aceitação

Ponha Cristo em sua vida!
Louve o Senhor todo dia!
Pela dor que for sofrida,
pelo prazer da alegria!
                                            


499 -


Mentira

Você fala em caridade
como faz um bom cristão,
mas não se lembra, em verdade,
de ajudar o próprio irmão!
                                            


498 -

 

Sê bem-vindo, visitante!
Receber-te é uma alegria!
Pra nós és muito importante!
Que tenhas boa estadia!

A cidade está contente.
Tê-lo aqui foi um prazer.
Apareça, novamente!
Venha de novo nos ver!


(Nota do Editor: Essas duas poesias estavam datilografadas numa folha, cada qual assinada separadamente: Guimarães Nato, e são quase idênticas às duas que postei anteriormente, de nº 482 - confira. A única mudança é no 3º verso da primeira poesia: "Pra nós és muito importante!" e elas não têm os títulos "Lado A", "Lado B", como as outras, nem estão também entre quadros, o que dá a impressão de terem sido compostas primeiramente desta forma e, só depois, o autor fez outra cópia com as alterações. Parece que a intenção era de serem usadas como placas para entrada/saída de visitantes em uma cidade. 
Dentro da lauda com esta versão havia um cartão com o título "Boas-vindas aos turistas" e uma data: 12 de fevereiro de 1992. Não acrescento tal título nas duas poesias porque não ficou claro se o autor as estava assim titulando, ou se o cartão era apenas um rótulo para as mesmas.)                                                          


497 -

 

Na casa do Seu Renato,
Natal é Natal, de fato,
com muita fé, muito amor.
Ali, o que se festeja,
como manda a Santa Igreja,
é a vinda do Salvador!

Antes de armar o pinheiro,
vem o presépio primeiro,
xxxxxxxxxxxxxx                       (Inacabado)                                                                      


496 -

 

João Tortinho, este ao apelido
de um rapaz muito querido
no grupo jovem da igreja.
Inteligente, operante,
está pronto a todo instante
a ajudar ao que o deseja.

É feio no seu aspecto,
pois não pode andar ereto
pelos defeitos que tem:
a corcunda acentuada
e a difícil caminhada
das pernas tortas, também.

Mas, João Tortinho conquista,
e o faz à primeira vista
em qualquer situação.

Se é pobre no visual,
tem riqueza sem igual
de alma e de coração.

[Pois foi esse companheiro                      
que o grupo jovem perdeu primeiro,       
sofrendo, profundamente.                        
Mas todos, sem exceção,                         
se uniram na decisão                                
de continuar, ir em frente! ]                      
                                                                         
(Nota do Editor: Esta última estrofe estava riscada em X pelo autor, mas a mantenho aqui como registro. A poesia foi feita à mão, em caneta vermelha, e só no final havia data e a assinatura do autor: Nato. A última estrofe, portanto, foi feita como parte do todo.)


(13 de dezembro de 1991)

495 -

Exortação 

Vá ao campo,
torça limpo,
ajude o jogo
a ser bom!

Reconheça, honestamente,
o valor do adversário
e o aplauda, se merecer!

Seja um grande desportista
e você será, de fato,
sempre o grande vencedor!


(2 de janeiro de 1992)

494 -

 

Da fibra de bons soldados
depende a tropa aguerrida,
de casais bem entrosados
depende o encanto da vida!

(Nota do Editor: Esta poesia e outras quatro anteriores estavam datilografadas na mesma lauda, tendo anotado à mão, ao lado, menos da segunda: "Jogos Florais de Friburgo, maio de 1974". Certamente era o concurso de poesias em Nova Friburgo/RJ de que o autor participou ou ainda participaria.)


493 -

 

Patriotismo bom, que vibra
e faz vibrar o país
é aquele que vem da fibra
de quem trabalha feliz!

(Nota do Editor: Esta poesia, outras três anteriores e uma seguinte estavam datilografadas na mesma lauda, tendo anotado à mão, ao lado desta, da primeira, terceira e quinta: "Jogos Florais de Friburgo, maio de 1974". Certamente era o concurso de poesias em Nova Friburgo/RJ de que o autor participou ou ainda participaria.)


492 -

 

Não desista da viagem,
por se sentir tão sozinho!
Quem tem fibra, tem coragem,
tira as pedras do caminho!

(Nota do Editor: Esta poesia, outras duas anteriores e duas seguintes estavam datilografadas na mesma lauda, tendo anotado à mão, ao lado desta, da primeira, quarta e quinta: "Jogos Florais de Friburgo, maio de 1974". Certamente era o concurso de poesias em Nova Friburgo/RJ de que o autor participou ou ainda participaria.)


491 -

 

Operários ou doutores,
todos mentimos, querida!
Pois somos todos atores,
sempre encenando na vida!

(Nota do Editor: Esta poesia estava abaixo de uma outra, postada aqui antes, e tendo mais três seguintes, datilografadas na mesma lauda, tendo anotado à mão, ao lado de todas, menos desta: "Jogos Florais de Friburgo, maio de 1974". Certamente era o concurso de poesias em Nova Friburgo/RJ de que o autor participou ou ainda participaria, mas ele não fez essa anotação para esta em especial. Porém, por estar na mesma lauda, é da mesma época, ao menos o registro.)


490 -

 

Nem Cooper, nem mil dietas -
É verdade e eu que o diga -
nos dão as formas de atletas,
se já criamos barriga.

(Nota do Editor: Esta poesia e as quatro seguintes estavam datilografadas na mesma lauda, tendo anotado à mão, ao lado desta, da terceira, quarta e quinta: "Jogos Florais de Friburgo, maio de 1974". Certamente era o concurso de poesias em Nova Friburgo/RJ de que o autor participou ou ainda participaria.)


489 -

 

I have my trend,
I follow my way,
I never bend
Because I know what I say.

And all my thoughts
Are telling me
I'll must have got
Your love for me.


487 -

 

Chove, mas a chuva não 
atrapalha
nem ao menino que estuda
nem ao jovem 
que trabalha


(Nota do Editor: Esta poesia foi manuscrita na mesma folha azul de um bloco que o autor tinha e onde se via gravado "Guimarães Nato" no alto, abaixo da poesia anterior, que tinha a data de 11 de maio de 1978. Pode ou não ter sido feita na mesma época, sendo que a primeira foi escrita com caneta vermelha, e esta com caneta preta.
Curiosamente, no verso dessa folha havia informações que ele obteve sobre a "Capatazia Niterói I", organização que cuida das bancas de jornais, e o endereço: Rua Padre Anchieta, 59. Provavelmente, ele estava tentando contato para distribuir, nas bancas, exemplares de seu primeiro livro, "Caminhada", então recém-lançado em abril. Lembro-me que na banca que existiu por muitos anos no Largo do Marrão, centro comercial perto de casa, ele pôs o livro à venda, mas em acordo direto com o jornaleiro local.)


486 -

 

Verdade há uma somente,
ou não seria verdade.
Por interesse é que a gente
a modifica à vontade!

(11 de maio de 1978)


485 -

 

Todo mundo hoje faz greve,
deste jeito, muito em breve,
vai haver necessidade
de um bom escalonamento,
dando a cada movimento
a sua oportunidade.

Mas será bem esquisito
se em meio a tanto conflito,
nesta cidade agitada,
a Justiça Trabalhista
também se fizer grevista
e não decidir mais nada!

(Julho de 1979)


484 -

Ventilador


Meu amor
é como um ventilador,
alcança a todas que tem à frente.
Só há um problema:
é saber se a Moema
me deixa ventilar amor a tanta gente!

Na verdade
tenho outra qualidade:
eu sou bom no verão e no inverno.
Só há um problema:
é saber se a Moema
não me quer só para uso interno!

Cá por mim
eu fico sempre assim,
vou ventilando amor às toneladas.
Só há um problema:
é saber se a Moema
não vai me manter longe das tomadas!


483 -

 

Lado "A"

Sê bem-vindo, visitante!
Receber-te é uma alegria!
Tua visita é importante!
Que tenhas boa estadia!

Lado "B"

A cidade está contente.
Tê-lo aqui foi um prazer.
Apareça, novamente!
Venha de novo nos ver!

(Nota do Editor: Essas duas poesias estavam datilografadas numa folha, com essa disposição, cada qual com um quadro em torno, o que dá a impressão de terem sido compostas com a intenção de serem usadas como placas para entrada/saída de visitantes em uma cidade. Sem data.
No entanto, reporto à postagem nº 497, pois depois encontrei texto quase idêntico)


482 -

APRESENTAÇÃO DO BLOG

Família de Guimarães Nato, nome profissional do jornalista e escritor Renato Guimarães (1924 - 2000), inicia agora o blog com as poesias, prosas e demais textos literários e diversos outros que ele deixou. (15/02/2018)

A família de Guimarães Nato, nome profissional do jornalista e escritor Renato Guimarães (1924 - 2000), inicia agora o blog com as poesias,...