segunda-feira, 11 de outubro de 2021

  

Crepúsculo


Crepúsculo, hora estranha como o nome...
Hora que traz recordações a gente...
Momento feito para meditações!
Instante em que o coração se abre,
dando expansão à imensa alegria
de sentir uma saudade boa...
instante em que este mesmo coração
escolhe para chorar uma saudade má.

Crepúsculo, momento do espírito!
Momento propício às orações...
Instante de sentir que a alma exige
e o coração ordena que sintamos!
Momento que entristece consolando,
que nos obriga a libertar o pensamento,
a divagar em imaginações diversas,
deixando-nos sempre ainda a pensar um pouco.

Queremos que não passe, dure sempre...
E queremos que se acabe bem depressa,
horinha boa, triste, alegre e má,
que, invariavelmente, nós vivemos...
que é estranho como o próprio nome
e que se chama: Crepúsculo!



(Nota do Editor: Esta poesia, datilografada, tinha a anotação à mão acima: "Versos tranquilos". Possivelmente, o autor estaria guardando para um próximo livro temático, que não foi publicado. Sem data e local)


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